Como um fio de seda, que por minha mão passou
o tempo que trás lembranças, sorrisos, lágrimas,
que me renova e me envelhece em minhas preces,
me remete a entrar pelos sentidos
a descobrir desatinos que um dia eu quis esconder
Tempo, que como um raio que ao céu ilumina,
me veste em seu feitiço, mas sempre te desperdiço
nas minhas teias de ninar
Esse desperdiço é como olhar o mar e não notar sua profundidade
é não sentir a vontade de ao teu lado ficar.
É querer que um sorriso, que mesmo sempre que perdido
encontre um jeito de voltar.
Não tenha medo de segurar em minha mão.
Eu quero voltar, lembrar e pensar que o importante é viver.
Que mesmo que as vezes lembrar é querer
e a vontade de reter, descrer, de conter...
bagunça minhas ideias sobre o tempo, modera minha mente sobre a vida...
me faz discorrer que nem vento, a procura de uma cabana tranquila.
Por: Siro Murta e Bela Lopes