sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A..na-tua-simpleza


Eu quero é saber se essa sua abstração tentadora me redoma o fio
Na navalha de seus signos e encantos, de embaraços e rodeios
Deixa-se então sentir, é tão mais simples ouvir quando se quer assim
No encarte da próxima peça que te fecha a esquina, e se embaraça
Se rodeia e se penteia entre as ideias, fala em falta de esperança
Sobra norteamento por onde quer que se oprima, por sua mera rima
ao enaltecer de sua branca camuflagem, por baixo há coragem e sede de viver
E nos notórios internatos que te faltam a alma se aguça na mais pura calma que se possa ter
Mastigando as cores e revelando flores em um canteiro novo que te sorriu
Moça do campo que gosta de atos, traçados e de rosas, do livre campo e do vento
Que se envolve no seu mais belo teatro, assim o vive, o dança e me encanta
Que se enrosca na chuva e que me mede em palavras, em atas e em meios.


Texto: Siro Murta Borém
Foto: Ana Paula Araújo